highlike

GOTTFRIED HELNWEIN

Готфрид Хельнвайн
ゴットフリート·ヘルンヴァイン
戈特弗里德·郝文

GOTTFRIED HELNWEIN05

source: marcelonunesblogblogspot
Se você vir uma foto de Gottfried Helnwein, pensará que se trata de um roqueiro sessentão, saído de alguma banda-dinossauro: cabelo comprido, roupas pretas, óculos escuros, bandana na cabeça, anéis enormes nos dedos. A amizade com celebridades como Marilyn Manson e Arnold Schwarzenegger também não ajuda, mas não se engane: Helnwein, apesar de pouco conhecido no Brasil, é um dos maiores artistas austríacos contemporâneos.
Pintor, fotógrafo, cenógrafo, criador de performances e instalações, Helnwein nasceu em 1948, em Viena, e formou-se com louvor pela Academia de Artes Visuais daquela cidade – a mesma que recusou Hitler. “O maior erro da História”, disse Helnwein. Feroz crítico das guerras, da xenofobia e da passividade austríaca diante do nazismo, o artista acabou deixando o país em 1985, indo morar na Alemanha e depois na Irlanda, onde vive até hoje, com a mulher e quatro filhos – que serviram de modelos para as séries The Disasters of War, produzida em 2007, e The Murmur of the Innocents, entre 2009 e 2010, que retrata crianças feridas ou mortas, algumas usando uniformes militares.
São pinturas hiper-realistas feitas com precisão cirúrgica e imensas – algumas telas têm mais de 3 metros de largura. Sobre o tema, disse Harry S. Parker III, diretor do Fine Arts Museum of San Francisco: “Para Helnwein, a criança é o símbolo da inocência, mas também da inocência traída. No mundo atual, as forças malévolas da guerra, da pobreza e da exploração sexual, e a influência entorpecente e predatória da mídia agridem a sua pureza”. Alguns críticos veem uma semelhança temática com a obra de Anselm Kiefer (Alemanha, 1945), também profundamente marcada pela guerra, ainda que num estilo completamente diferente.
Helnwein também insere elementos lúdicos em suas composições, como um coelho gigante que invade uma cena ou personagens de mangás ou Mickey Mouse – um tema recorrente em suas pinturas.
Uma de suas séries que eu mais gosto – e uma das que suscitaram mais polêmica – é Epiphany, em que ele retrata cenas da Natividade. No quadro dessa série que abre este post, “A Adoração dos Reis Magos”, os personagens bíblicos são substituídos por oficiais nazistas e vê-se uma Maria perfeitamente ariana. O bebê em seu colo seria o próprio Hitler.
.
.
.
.
.
.
.
source: casperliberoedubr
Gottfried Helnwein nasceu em Viena, Áustria, no ano de 1948. Considerado um dos artistas germânicos mais polêmicos após a Segunda Guerra Mundial, sua obra é composta por imagens hiper-realistas, sejam em forma de fotografia, mixed-media (formatos misturados) ou pintura em tela. Expostos em galerias de arte e em painéis gigantes em países como a Irlanda, os trabalhos do austríaco são, majoritariamente, compostos por crianças e elementos relacionados ao nacional socialismo. Essa união representa uma metáfora da relação entre a vítima e o mau, o fraco e o forte.
O artista ainda costuma adequar a esses elementos outras características que fazem ponte com a religião ou a cultura pop. Sua atitude acaba, muitas vezes, provocando reações violentas por parte do público. Em 2001, numa exibição no Kilkenny Arts Festival, na Irlanda, o conselho da cidade propôs expor as obras na prefeitura da cidade, mas a população protestou a sugestão por meio dos jornais e em ligações para a rádio local. Inclusive, durante a exposição, dois trabalhos foram vandalizados, mas Helnwein acredita que toda reação à sua arte é importante. Para estudiosos do fotógrafo, como Katy O’Donoghue, o nacional socialismo acaba despertando o trauma do século XX, desde suas conseqüências à cumplicidade das pessoas contemporâneas ao evento.
Desde 1970, Helnwein tem o abuso, a dor e a violência como mote. Em entrevista para a TRUCE Magazine, em dezembro de 2008, o artista assumiu que se envolveu com temas violentos muito cedo, especialmente tratando-se de crianças. Nessa mesma ocasião, Helnwein indicou: “No curso de minha pesquisa, eu vi fotografias forenses de crianças que eram agredidas e torturadas até a morte – principalmente por parentes próximos.” Nas décadas de 1960 e 1970, o fotógrafo não encontrava esse tipo de assunto circulando pela mídia, por isso suas primeiras pinturas de crianças enfaixadas causaram furor na Áustria, que nomeou seu trabalho como “arte degenerada” – ou entarte kunst, movimento artístico cultivado durante o Terceiro Reich e a União Soviética que ia contra a estética e moral defendidas pelos regimes.
O austríaco é conhecido pelas fotos promocionais que fez para bandas como Marilyn Manson e Rammstein. Em ambas as oportunidades, o artista reforçou a imagética nacional socialista acompanhada de outros elementos que são (ou foram) incômodos às pessoas – como o caso da maquiagem “cara preta”, emprestada do teatro Vaudeville. O austríaco também tem como temática de sua obra o uso de figuras da cultura pop, como o pato Donald e outros personagens da Disney, além de bonecos de ação de desenhos japoneses. Em diferentes trabalhos em mixed-media (pintura em tela com acrílico), Helnwein incorpora esses elementos junto à imagem de crianças. Para ele, a Disney e a cultura pop americana foram o que preencheu o vazio pós-Segunda Guerra Mundial, em que as ruas vienenses eram só destroços e silêncio. Enquanto os pais e demais parentes não respondiam as perguntas das crianças, curiosas com o passado, toda uma geração cresceu usando calças jeans e bebendo Coca Cola. Para Helnwein, então, o Pato Donald se tornou um herói devido ao grande choque de culturas que a personagem provocou.
.
.
.
.
.
.
.
source: helnweinfr
HELNWEIN, ESPEJO DEL VACÍO
Luis Alberto Ayala Blanco
Lo que quiero insinuar es que el humor, con todo lo trágico que conlleva, es la sustancia que corre por las venas del cosmos. Dios es una caricatura de lo divino. No­sotros, como los dioses, somos personajes de un cómic que los mitos relatan desde tiempos inmemoriales. Helnwein parece mostrarnos que la imagen es anterior al hombre y a los dioses. El humor es el hálito que circunda a la creación. La risa de los dioses resuena en los oídos de los niños cuando éstos deciden emprender sus juegos. Gottfried Helnwein se limita a jugar con ellos, como un niño más.
El hombre de honda virtud
se asemeja a un recién nacido.
No le pican víboras ni escorpiones,
ni venenosos insectos o serpientes le muerden,
ni le atacan las aves de presa o las bestias salvajes;
débiles son sus huesos y tendones,
mas su mano ase con firmeza.
Aún no conoce la unión de macho y hembra,
mas se enciende y enfurece,
tanto su energía vital es extrema.
El día entero, libre de cuidados,
su armonía es perfecta.
Tao Te Ching
La imagen es sonido en movimiento, vibración perenne de un comienzo sin origen. El origen aún espera su momento estelar. El sonido se condensa en imágenes que inundan un espacio inexistente: el mundo, nuestro mundo. La obra de Gottfried Helnwein insinúa ese origen que está por acontecer; mientras tanto, un extraño conglomerado de ruidos y simulacros impera.
Helnwein habla con palabras inasibles que sólo la vista puede escuchar.
Cuando nos acercamos a uno de sus cuadros, lo primero que nos embarga es un estado de arrobamiento comparable al efecto que la música —antes que cualquier otra manifestación artística— tiene el privilegio de provocar. Estamos frente a una expresión rítmica…, trazos y colores ordenados de tal forma que no representan, no objetivan, simplemente insinúan algo que trasciende nuestra capacidad perceptiva. Éste es el verdadero poder de la obra de Helnwein y no sus posturas políticas, que tanto se mencionan cada vez que los críticos escriben sobre él. Reducir su fuerza expresiva a un ámbito de narrativa y denuncia social es errar el camino. Sin embargo, pareciera que estoy contradiciendo la esencia de lo que su pintura significa, incluidos sus dibujos y fotografías, ya que estamos hablando de alguien inscrito en la corriente fotorrealista o hiperrealista. Pero no es así. Su realismo nada tiene que ver con un tipo de artificio que ambiciona cubrir, pliegue por pliegue, la naturaleza que está frente a él. No intenta presentar una imagen más real que lo real; por el contrario, la perfección de sus trazos, su parecido con la llamada realidad, remite más a un estado meditativo que a una identificación con la vida cotidiana. Incluso cuando utiliza técnica mixta, pintando sobre una fotografía, desdibuja el contorno de aquello que está representando, y lo consigue justo por la perfección de la mímesis que forja.
La ausencia se hace presente y golpea nuestro ánimo. Basta contemplar a cualquiera de sus niños para entender esto. Es como estar frente a un icono: rostros vacíos, sin sentimientos, muchas veces con los ojos cerrados o vendados, imposibles de descifrar. Aun cuando la cara del niño está cubierta de sangre, su actitud hierática se potencia. Nos encontramos ante espejos que perturban no por lo que muestran, sino por lo que extraen de lo más íntimo de nuestra psique. Los cuadros de Helnwein son espejos del alma. Horror, placer, júbilo, ironía, todo esto se experimenta en sus pinturas, pero no se encuentra en ellas, anida en nosotros mismos. Se establece un contacto entre la indeterminación anímica y la determinación fenoménica, permitiendo así que emerja un espectro policromo de sensaciones que van más allá de la simple categorización mundana. Giorgio Colli nos proporciona la clave para entender la fuerza expresiva de Helnwein, pero, sobre todo, su deconstrucción cosmológica hasta llegar a la nada creadora que evoca su obra: “… el contacto es la indicación de una nada representativa, de un intersticio metafísico, pero es una cierta nada, puesto que lo que no es, su entorno representativo, le da una determinación expresiva”.
De alguna forma Helnwein supo ubicar el “intersticio metafísico” —hontanar del abigarrado juego de la existencia— desde la quietud del lienzo. Rara vez se percibe movi­miento en sus pinturas, así estén plagadas de acción o de drama. Es la misma intuición que experimentamos cuando tratamos de aprehender la efigie del devenir. Pensemos en la imagen del fuego que propone Heráclito, es la imagen del sacrificio, de la violencia que se consume fatalmente generando la ilusión de la estabilidad; imagen de un mundo que se devora a sí mismo desde el inicio de los tiempos. El fuego es metamorfosis perpetua, violencia extremadamente sutil, imperceptible, como el juego de las formas, como el frenético movimiento de las partículas subatómicas. La pintura de Helnwein comparte la magia del fuego: inmovilidad por exceso de velocidad.
La mirada de la niña está clavada en ninguna parte, perdida en el infinito, y en su trayecto el origen se insinúa. El infante, “el que no habla”, ya es una persona, una máscara, pero todavía no arraiga del todo en el mundo, mantiene cierta ductilidad. Persona. La palabra que utilizamos para designar la inalienable peculiaridad del ser humano es un simple trasunto que disimula el vacío del cual provenimos. Nuestra esencia es el disimulo —parece indicarnos Helnwein—, pero no el nuestro, sino el de algo más, que algunos llaman vida, o muerte, da igual. Somos la máscara de ese algo que no soporta verse, o que no puede verse, ¿cómo podría contemplarse si todavía no es imagen? La máscara es espejo. Siempre pensamos que los espejos reflejan las imágenes de los objetos. Error. El espejo es imagen, no refleja nada, no hay nada que reflejar. El objeto es imagen, espejo del vacío. Lo sorprendente es que esta nada logre generar efigies insoportables, insidiosas, porfiadas, persistentes, humanas, demasiado humanas, caricaturas finalmente, como los personajes que pueblan el imaginario de Helnwein.
Un hombre cualquiera va caminando por las calles de una ciudad, en algún momento dobla la esquina y de súbito desaparece la distracción que había prevalecido desde que comenzó su andanza, su atención es captada por un pasaje de fotografías inmensas con rostros de niños, procesión de imágenes cuyo motor es la persona que continúa caminando mientras contempla a estos seres fantasmales. La calle dejó atrás su funcionalidad para convertirse en una epifanía: el arquetipo divino del niño se apodera de la mirada no sólo de los transeúntes que deambulan azarosamente por ahí, sino que se transforma en una pupila que mira (black mirror), sin ningún tipo de afección, desde la más pura indolencia, a la urbe que dimana de su centro. Es la mirada del niño, indiferente aún a las convenciones de los hombres. Es la mirada de los dioses, siempre indiferente a las convenciones de los hombres. Hubo un tiempo —dice Roberto Calasso— en que el contacto con los dioses era “un acontecimiento, una aparición súbita, como el encuentro con un bandido o el perfilarse de una nave. No era necesario que la visión fuese total”. La repetición de los distintos rostros, emergiendo inopinadamente de una calle cualquiera, reitera la actualización mítica de la mirada divina, atemporal.
Helnwein hace teoría en el sentido griego del término: theoría, en su doble acepción, como théa, “visión”, y como horán, “ver”. Las imágenes gigantes concebidas por Helnwein remiten a ese acto esencial de la antigua cultura griega, donde los dioses se presentaban a nuestra mirada y, mejor aún, nos compartían su visión. En aquellos tiempos éramos capaces de ver con absoluta inocencia, como si fuésemos niños. Pero los niños de Helnwein muchas veces carecen de mirada, ojos cerrados o vendados, como si no quisieran ver los horrores de lo que pronto llegarán a ser: hordas interminables de autómatas espermáticos. Esto es cierto sin dejar de ser una obviedad. Claro, es una verdad que no pierde nada de su potencia por ser evidente. Sin embargo, se puede interpretar de otra manera. Los niños con los ojos cerrados, o vendados, no niegan el exterior…, afirman su interior. Es la mirada interior del niño la que permite conectarse con la presencia de los dioses, presencia revelada a través de su hierática indiferencia. Muchas veces la expresión que encontramos en estos pequeños es de una seriedad hermética, sólo descifrable a partir de un extraordinario aforismo de Nietzsche: “Madurar es recuperar la seriedad con la que se jugaba de niño”. Los adultos olvidan cómo jugar seriamente, sin metas utilitarias, por el simple placer de jugar. La verdadera seriedad radica en hacer las cosas respetando las reglas sin tomárselas a pecho. Un buen juego no puede evitar su carácter agonístico. Lo paradójico de la infancia es que probablemente sea la etapa más violenta del hombre sin perder jamás su halo de inocencia. La violencia no entraña necesariamente daño. El daño implica una intención, un enjuiciar ininterrumpido. El actuar de un niño es devastador y angelical al unísono. La espontaneidad, más que la inocencia, es lo que caracteriza el proceder de los niños.
Inocencia, como su propia etimología indica, hace referencia a “no dañar”. Pensar que existen actos inocentes en sí es un poco naif. Lo que sí podemos afirmar es que sin un aparato axiológico que determine qué es bueno y qué es malo, la inocencia se mantiene intacta. Son los hombres y sus sociedades, creadas para poder tolerarse entre sí, los que contaminan una espontaneidad que, sin dejar de ser violenta, no es dañina. El sacrificio, presente en las caras deformes, mutiladas, marcadas con cicatrices que portan los personajes de Helnwein, es violencia redentora. No en el sentido estúpido de sacrificarse por su patria o por algún ideal. Más bien, sacrificio como origen cosmogónico a partir de un primer asesinato, suicidio o desmembramiento de la divinidad escondida detrás del muro del tiempo. Sacrificio como intento de unir nuevamente las partes dispersas que conforman el mundo. Ananda Coomaraswamy lo aclara en unas cuantas palabras: “¿Y qué es lo esencial del sacrificio? En primer lugar, dividir, y, en segundo lugar, reunir. Lo que es Uno se convierte o es convertido en muchos, y lo que es muchos se vuelve a convertir, o es reunido de nuevo, en Uno”. Sin embargo, el Uno no logra rehacerse del todo. Siempre queda una fisura, una herida que recuerda el primer acto violento, la nada poseída por el deseo que inicia la creación e impide la totalidad. Imposible eludir la violencia. Imposible subsanar la herida. Esto es algo que queda claro en la obra de Helnwein.
La acción es una herida infligida a la quietud que antecede a cualquier evento. La divinidad sabe que sólo mermando el exceso que reposa en el vacío, allí donde la vida es un grano de arena, es posible que el mundo se manifieste. Y este acto se realiza exclusivamente para después tratar de recuperar la quietud perdida. El sacrificio es un juego en el que se pasa de una alucinación que es la realidad, a una verdad que es nada… Ciertas acuarelas de Helnwein muestran el sacrificio tatuado en el rostro de una madre, en la sangre escurriendo de una niña, en la sonrisa sardónica de una muñeca sosteniendo un cómic. En sus dibujos encontramos hombres con rostros cercenados, incompletos, deformes, donde el semblante adquiere sentido a partir de la ausencia, de la parte mutilada, como la vida misma, que sólo logra afirmarse si la muerte está esperándola con los brazos abiertos. Pero Helnwein no opta por la muerte, opta por la vida, plena, jubilosa, anclada en su reverso, el silencio. La sabiduría de Helnwein radica en haber comprendido perfectamente la elocuencia del silencio. Muchos de sus autoretratos son enigmáticas imágenes de gritos silentes.
Los dibujos de Helnwein son rayones sobre rayones, superposición de líneas que adquieren, paulatinamente, de manera ritual, formas, siluetas, objetos, espacios saturados de tinta bailando con espacios en blanco. Es impactante ver cómo de sus dibujos emergen mundos inacabados, caricaturescos, nunca definidos del todo. Lo difuso es el dios tutelar de sus dibujos, y si prestamos verdadera atención, de toda su obra, incluso cuando la nitidez fotográfica parece imponerse.
Helnwein relata la cosmogonía de nuestro mundo, los momentos en que los objetos surgen de entre la bruma del caos original. Primero son dibujos, después acuarelas, más tarde óleos, fotografías, finalmente acaba pintando sobre las propias fotografías para que recordemos que el orden del simulacro siempre puede invertirse; proyecta fantasmas (sombras sobre un espacio plano) y sobre esos fantasmas realiza su magia: la creación acontece con un realismo demoledor, casi hiperreal. Pero esto no quita que Helnwein continúe con su labor de caricaturista. Toda representación es una caricatura —deformación cargada de afecciones. Lo cierto es que en sentido estricto, tomemos la perspectiva platónica, kantiana, védica o taoísta, por nombrar sólo algunas, los fenómenos son simples caricaturas de lo irrepresentable. El retrato más detallado, la
fotografía más veraz, no dejan de ser falsificaciones de algo que no puede aparecer si no es enmascarándose. Por eso la caricatura es tan importante para poder comprender, perdón —Gottfried se reiría si dijera que su obra puede ser comprendida—, más bien disfrutar o penetrar en su obra, signifique lo que esto signifique.
Lo que quiero insinuar es que el humor, con todo lo trágico que conlleva, es la sustancia que corre por las venas del cosmos. Dios es una caricatura de lo divino. No­sotros, como los dioses, somos personajes de un cómic que los mitos relatan desde tiempos inmemoriales. Helnwein parece mostrarnos que la imagen es anterior al hombre y a los dioses. El humor es el hálito que circunda a la creación. La risa de los dioses resuena en los oídos de los niños cuando éstos deciden emprender sus juegos. Gottfried Helnwein se limita a jugar con ellos, como un niño más.
.
.
.
.
.
.
.
source: helnweinfr
Gottfried Helnweins Bilder scheint man hören zu können. Die Empathie zu schreienden und gequälten Menschen ist da. Diese Menschen sind oft noch Kinder. Hilflose Kinder, deren Blut noch warm fließt, deren malträtierte Körper frisch verbunden sind. Gemalt von dem, der sich erinnert. An die Kinder-Euthanasie, an die, die im Schatten des Schreckens sitzen, die sich nicht zu wehren wagen und es auch nicht können. Sie sind eingesperrt in der Finsternis, und wenn sie den Versuch eines Schreis machen, wird sie doch niemand hören. Es ist eine Alptraumwelt, ein Teil von ihr existiert real, der andere Teil ist die Angst. Es gibt leere, einfarbige Räume, versehen mit Löchern und Gruben, in die die Kinder reinzufallen drohen. Oder sind es schon die sorgsam vorbereiteten Gräber, die wartend das Kind empfangen? Ein Kind nimmt das hingebungsvoll hin und hat keine Angst mehr vor dem Dunkeln und dem Fall ins unendliche Schwarz, doch hat es dabei die Augen verbunden. Ein anderes Kind ist unentschlossen und schwebt zwischen Leben und Tod.
.
.
.
.
.
.
.
source: helnweinfr
Nereflektovaná minulost, jež nepřetržitě prorůstá do současnosti a způsobuje úzkost, je Helnweinovým hlavním tématem. Expozice jeho hyperrealistické, za fotografii lehko zaměnitelné malby i fotografií pokračuje v dramaturgické psychologizující linii výstav Galerie Rudolfinum. Gottfried HelnweinHelnweinova tvorba má i silný politický přesah. Malíř se počátkem 70. let zařadil mezi vídeňské akcionisty, kteří kritizovali rakouskou kolektivní amnézii ve vztahu k fašistické minulosti země. Hnutí nezávislých politicky angažovaných umělců se snažila státní moc potlačit, revoltující akcionisty třeba na čas uvěznila či v krajním případě vyhnala do exilu. Při performancích akcionistů tenkrát třeba tekla krev a po zemi se válely vnitřnosti. Dnes je vídeňský akcionismus nejznámějším ryze rakouským avantgardním uměleckým směrem.
.
.
.
.
.
.
.
source: helnweinfr
La manière la plus dialectique pour recycler, détourner, admirer et critiquer tout à la fois, demeure le médium photographique. Gottfried Helnwein propose des images inconvenantes, qui renvoient la pérennité des objets dérivés de Disney à des statuts diversement fétichistes: images saintes que l’on prie ou statuettes lubriques qui promettent des extases ambiguës.
.
.
.
.
.
.
.
source: blogartronnet
戈特弗里德-郝文Gottfried Helnwein 出生于维也纳。1969年到1973年在维也纳的the Academy of Fine Arts学习绘画。
他吸收了日常生活中比如漫画、广告、电影的美学元素,在这段时间创作了部分超现实主义画作。而这些早期的画作很清楚的表明了他的艺术观,他所想要表达的东西。缠着绷带的孩子,幼稚儿童脸上的撕裂之后再次缝合的伤口。如同爬虫类一样冰冷而无机质毫不感觉痛楚的眼神。画者那种权威而细致的表现伤害的冷静让当时的大众无法接受。
.
.
.
.
.
.
.
source: monzen-tblogso-netnejp
私が憧れる写真。ゴットフリート・ヘルンヴァインの写真と絵画の世界。。 
先般、本ブログで、「私は写真を『撮る』のが苦手です」と書きましたが、『見る』ほうは大好きなのであります。
こんなふうに撮影できたら、素晴らしいだろうなあ~と憧れる写真家は何人もいます。
ところで、私が好きな作風は、少ない例外を除けば、「スタジオで、完全に演出して、創りこまれたもの」です。たしかに、時々刻々うつりゆく風景、動物、人物表情を、シャッターチャンスを逃さずに捉える写真は、ある意味、写真芸術の存在意義ともいえるでしょう。
しかし、私は、作者のイメージを、忠実に具現化した「絵画的」な写真に惹かれてしまうのです。
「絵画的な作風」で、大好きなアーチストは、1948年生まれのオーストリア系アイルランド人、ゴットフリート・ヘルンヴァインです。画家として出発、超リアルな水彩画を描く画家として有名だったようですが、パフォーマンス、写真にも貪欲に領域を広げ、いずれの分野でも、比類ない独自世界を打ち立てたのです。
作品に共通するのは、生理的嫌悪を催すような、過激な題材と表現です。
ゆがめられた顔。腐った顔。包帯にぐるぐる巻きにされた少女。血まみれの人間。性的な連想を誘う少女や、戯画化された動物。。。頭で理解するものではなく、肌で(痛みで)感じる作品群・・・・
1970年代から活躍する彼が、いまだ第一線で、刺激的な作品を生み出していることは、驚きといえましょう。
ヘルンヴァインの作品を、見始めると時間を忘れて吸い込まれてしまいそうで、実に怖い。では、彼の絵画、写真、ドローイングのいくつかを掲載します。(超リアルな絵画は、なんと「水彩画」です)