ANNA BARROS & ALBERTO BLUMENSCHEIN
Nanocriogenio
source: annabarrosartbr
Anna iniciou sua carreira artística na dança de improvisação de Rudolf Laban. Sua formação no domínio do movimento humano e de improvisação, com Maria Duschenes, e com Robert Dunn e Doris Rudko, no Connecticut College, determinou uma percepção especial do espaço e da desmaterialização da obra de arte. A Psicologia de Jung moldou sua sensibilidade pelo arquétipo do feminino, que permanece em profundeza na escolha dos temas e conceitos de seus trabalhos de arte.
Anna é artista multimídia, curadora e autora. Recebeu seu bacharelado com honors no Otis Art Istitute em Los Angeles, onde viveu por sete anos. A luz especial da Califórnia e os trabalhos dos artistas do grupo Art and Space Art impregnaram-lhe a sensibilidade.
De volta ao Brasil ingressou na ECA-USP, quando recebeu o título de mestre, com louvor e distinção, tendo como orientadora Regina Silveira; ingressou depois na PUC-SP, na Pós-graduação em Comunicação e Semiótica, onde fez doutorado sanduíche com o San Francisco Art Institute, tendo como orientadora Lucia Santaella, e pós-doutorado.
Foi a primeira artista brasileira a fazer da luz como fenômeno sujeito e objeto, em suas obras. Iniciando com instalações estendeu seu repertório para animações computadorizadas em 3D e em VRML, sempre em busca da desmaterialização e da transparência.
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source: annabarrosartbr
Multimedia artist, she lived in Los Angeles for seven years, where she was awarded a BFA at the Otis Art Institute. She has been participating in several national and international symposia and conferences. Her artistic work has been presented in Brazil and abroad.
Anna was awarded a sandwich PhD with the San Francisco Art Institute and Pontíficia Universidade Católica de São Paulo.
Her post-doctorate research developed between 1996 and 1997 (PUC/SP) focused on Updated Art in Real Space-Time and in Cybernetic Space-Time: Different Perceptive Qualities. The author has published a great number of texts, and the books: The Art of Perception. A love affair between Light and Space, São Paulo: Annablume-FAPESP, 1999, second edition 2010; Mídias e Artes. The Challenge of Arts at the beginning of the 21st century, (org) with Lucia Santaella, São Paulo: Unimarco Editora, 2002; Nano: Poetry of a New World. Art, Science and Technology, (org) São Paulo: FAAP, 2008.
Her main interest is to explore technological processes to obtain new aesthetic results and different possibilities as regards perception qualities. She has been working with 3D animations emphasizing color, light, and transparency. She is presently doing research in nanoart. She is part of the SDVILA group, with artist Alberto Blumenschein, who developed the project Creation of Genetics Texts on the Web – The Wanderer, which was cited for the Sergio Motta 2001 Prize.
Anna was cited again for the Sergio Motta Prize for her carrier in 2009. Anna taught at PUC/SP and at UnB. She was the president for the National Association of Plastic Arts Researchers, ANPAP.
Curator of the art-science interdisciplinary event and art exhibition: The Light of Light, SESC- Pinheiros, São Paulo, 2006-2007; curator of the exhibition Nano: Poetry of a New World. Art, Science and Technology. Museu de Arte Brasileira, MAB – FAAP, São Paulo, 2008; curator of the exhibition: A New Space for a New Perception: Nanoart, Museu Brasileiro da Escultura, MuBE,São Paulo, 2011.
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source: annabarros08wordpress
Nanocriogênio: Três
A pesquisa que originou Nanocriogênio: Três, acontece entre arte e ciência, no âmbito da nanoarte e da nanotecnologia, buscando atualizar na arte qualidades pertencentes à escala nano, possibilitando sua experiência por parte do fruidor. Explora o universo híbrido e multidisciplinar próprio dessa ciência, realizando-se no ambiente real e no virtual, tendo vídeos de animações em 3D, quatro placas de cobre, matrizes da minha primeira exposição individual de gravuras e uma forma circular de gelo, processo industrial de congelamento.
As imagens trabalhadas nas animações são originadas de varreduras efetuadas no Microscópio Eletrônico de Varredura, de amostras de minha unha e cabelo, os quais representam meu corpo como um todo, retrabalhadas em programas digitais. A escala nano e a real se mesclam na obra pois essas amostras surgem em vídeo sobre o gelo, na escala original, já preparadas para a varredura no microscópio.
As quatro placas de cobre estão ativadas por sensores de toque e fazem o fruidor, quando permanece pressionando-as, ouvir sonhos gravados, sonhos escolhidos de meu diário quando estava sob análise junguiana, por estarem no nível do inconsciente coletivo de Jung, tornando-os de maior apreensão. O som é mais baixo a demandar maior aproximação e maior atenção do fruidor. O processo de vivenciar a interatividade não se reduz a um jogo lúdico, mas à experimentação de questões pertinentes à física quântica como a preponderância do sentido do tato e do haptico, sobre o visual.
É construída uma simbiose metafórica entre o processo científico de criogenia, congelamento pós-morte, para uma possível ressurreição, e o mundo da nanoarte inserido na física quântica com qualidades para nós ainda consideradas mágicas devido às condições nesse ambiente: a da energia nos limites da matéria, com uma percepção nos domínios de sentidos vistos como secundários na nossa cultura. E também pelo fato de que a ciência ainda busca palavras para descrever o que acontece nesse mundo, pela dificuldade de compreensão de suas propriedades e pela falha do sentido semiótico usual das palavras para conceituá-lo.
As instalações oriundas dessa pesquisa são três, com diferentes organizações dos elementos constituintes, mostradas: em EmMeio#4.0, Museu Nacional da Republica, Brasília, 2012; Artech 2012, Universidade do Algarve, Portugal, premiada como Melhor Instalação e a presente.
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source: fileorgbr
The research that originated Nanocriogênio: Três is located between art and science within the ambit of nanoart and nanotechnology, in an attempt to update properties related to the nano scale in art, allowing the viewer a new experience. It explores the hybrid, transdisciplinary universe of that science taking place in the real and virtual environments, by means of 3D animated videos, four copper plates, dies of my first solo exhibition of prints, and a circular ice mould used in the industrial freezing process.
The images seen in the animations are originated from sweepings made by an electronic sweep microscope of samples of my fingernail and hair, which represent my body as a whole and are re-processed in digital programs. The nano and real scales are mixed in the work because those samples appear in video on ice on the original scale, already prepared for being scanned by the microscope.
The four copper plates are activated by touch sensors and make the viewer, when he/she keeps pressing them, hear recorded dreams which I selected from my diary when I was under Jungian analysis, since they are at the level of Jung’s collective unconscious, thus being easier to understand. The lower sound demands that the viewer comes closer and pays more attention. The interactive process is not limited to a funny game, but has to do with the experimentation of subjects related to quantum physics such as the preponderance of the touch and haptic senses on the visual.
A metaphoric symbiosis is built between the scientific process of cryogenics, or post-mortem freezing, for a possible resurrection, and the nanoart world inserted into quantum physics with properties that we still consider magic due to the conditions in that environment: energy in the limits of matter, with a perception in the domains of senses seen as secondary in our culture. This is also because science still looks for words to describe what happens in that world, for the difficulty of understanding its properties and for the flaw of the usual semiotic meaning of the words to explain its concept.
That research gave origin to three installations with elements that present different organizations, which were shown at EmMeio#4.0, National Museum of the Republic, Brasília, 2012; Artech 2012, Algarve University, Portugal, awarded as the Best Installation; and this one presented now.
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source: fileorgbr
Alberto Blumenschein
He studied arts at FAAP in the early 1980s and works with digital communications since 1989. In 1997 he created the GRupo SDVila with Anna Barros. He was a finalist at Prix Mobius (France, 2000) with the multimedia piece RIZOMA, with Kiko Goifman and Jurandir Muller; he was an invited artist of Banff Centre for the Arts in the field of interactive dramaturgy; nominated for the Art Technology Sérgio Motta Award, 2001, with the group SDVila; participated in the exhibition “Um Novo espaço para uma Nova Percepção: Nanoarte”, MuBE, 2010; in the Media Art Biennial in Chile, 2012; and in Artech 2012 in Faro, Portugal, where he and Anna Barros were granted with the Best Collective Installation award.
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source: fileorgbr
Alberto Blumenschein
Estudou artes na FAAP no início dos anos 1980 e trabalha com comunicações digitais desde 1989. Em 1997 criou o GRupo SDVila em contato com Anna Barros. Foi finalista do Prix Mobius (França, 2000) com a peça multimídia RIZOMA, com Kiko Goifman e Jurandir Muller; foi artista convidado do Banff Centre for the Arts, na área de dramaturgia interativa; indicado para o Prêmio Sergio Motta de Arte e Tecnologia, 2001, com o grupo SDVila; participou da exposição “Um Novo espaço para uma Nova Percepção: Nanoarte”, MuBE, 2010; da Bienal de Artes Mediales no Chile, 2012, e da Artech 2012 em Faro Portugal, onde foi premiado com o prêmio de Melhor Instalação em conjunto com Anna Barros.