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anaisafranco  The Heart of the City

source: anaisafranco

The Heart of the City is an interactive public art sculpture that pulses light according to the heart beat of the people. The sculpture invites several people to sit and interactive with it.
The piece aims to bring closer the heartbeat of the citizens by creating a heart to the city where people could hang out and experience an expansion of their own heart shared with others.
The work was presented in VIVID Sydney 2015. From 22th May – June 8th.

Work in collaboration with Aravinth Panchadcharam, Annie McKinnon, Tank Thunderbird and Heloisa Antonia Franco.
Commissioned by VIVID SYDNEY 2015 and hosted by UTS Creativity and Cognition Studios in Sydney.
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source: ade-arteblogspot

Cultura
Artista brasileira mistura sonhos e tecnologia em obra realizada em Berlim
Em estúdio aberto, Anaisa Franco mostrou o processo de criação de sua instalação “Flutuações Oníricas”. O trabalho da artista mistura robótica, arte digital e psicologia em obras que desafiam a imaginação.
O trabalho de Anaisa Franco é uma ponte entre o físico e o digital, quase como um jogo entre o corpo e a alma. A artista plástica usa conceitos da psicologia para criar esculturas e instalações que brincam com os sentimentos e com a imaginação.

Franco foi convidada para uma residência de seis meses no Zentrum für Kunst und Urbanistik (Centro para Arte e Urbanismo), em Berlim, um coletivo que desenvolve projetos e promove o intercâmbio entre artistas de todo o mundo.

O trabalho da brasileira busca representar sonhos

Na quinta-feira passada (27/06), a artista realizou seu primeiro estúdio aberto para mostrar o projeto que vem desenvolvendo desde o início de sua residência, em fevereiro. “Esse projeto se chama Flutuações Oníricas. Nele, eu coleto sonhos das pessoas e vou criando plataformas efêmeras. Através de animações, eu transformo esses sonhos em realidade, projetando esses sonhos [imagens] nessas plataformas”, explicou Franco, em entrevista à DW Brasil.

No caso de Flutuações Oníricas, essas plataformas de matéria efêmera são água, fumaça e bolhas de sabão. “Busco misturar materiais e criar outra visualidade, que não seja apenas uma tela”, disse a artista brasileira.

Transformando sonhos em arte
“Eu primeiro desenvolvo desenhos em cima de fotografias de neve e do céu. Preciso experimentar as formas porque, para as projeções funcionarem nas plataformas propostas, elas têm que ser simples. Esse processo é um estudo do que eu vou transformar em animação”, disse Franco, sobre o processo de trabalho.
Flutuações Oníricas é uma extensão do trabalho de Franco, no qual ela costuma investigar a relação entre os materiais físicos e digitais que compõem suas esculturas. Assim, a tecnologia tem um papel importante em explorar e traduzir como os sonhos são moldados nas mentes do ser humano.

“Você pode ver a imagem sendo desenhada através da água. Isso [por exemplo] é um sonho. Outro sonho eu represento através de pequenas bolas de água, o que torna a projeção mais abstrata. A fumaça cria uma espécie de céu, onde os sonhos são projetados”, exemplificou a artista.
Para conduzir o público a uma espécie de realidade paralela, que brinca com o inconsciente, Franco quis que o espaço e o tempo fossem percebidos de forma tão passageira quanto as plataformas que criou.

Artista cria corpos físicos e “mentes digitais”

No projeto interdisciplinar na Alemanha, Franco trabalhou em colaboração com os músicos Fernando Epelde (Espanha) e Paula Reis. Eles desenvolveram a trilha sonora para as obras. Cada som foi inspirado em um dos sonhos representados na exposição, que são de amigos da artista e cujos relatos foram enviados por e-mail.

“Meu objetivo é representar dez sonhos. Até agora, só fiz três. A plataforma da água e da fumaça já está resolvida, a das bolhas de sabão está em desenvolvimento”, afirmou.

Físico e digital
Franco nasceu em Uberlândia (MG) e, desde 2006, desenvolve trabalhos em laboratórios de mídia, estudos artísticos e residências ao redor do mundo. Para a artista plástica, a tecnologia é uma ferramenta de expressão. Usando algo concreto, como a mecânica e a robótica, ela cria seus “sonhos digitais”.
A convivência com a mãe psicóloga teve grande influência em seu trabalho. Franco usa a psicologia para investigar questões do comportamento humano. Tenta traduzir o sonho por animações digitais e por sensações criadas através das mais diferentes plataformas e tecnologias. Sua arte inclui também a pesquisa científica e o desenvolvimento de diversos materiais e técnicas.

Na instalação Controlled Dream Machine (2007), por exemplo, ela criou um par de pernas robóticas que sonhavam. “O digital funciona como [se fosse] a imaginação das máquinas. Sempre crio relações entre o corpo físico e a mente digital”, explicou.

Depois de Berlim, Flutuações Oníricas deve ser exposta em uma galeria em São Paulo. “Peças como essas são comercializadas através dos desenhos ou por partes. A grande bola de água com projeção pode ser vendida. Quero arrumar uma maneira de apresentar essa instalação em festivais de luzes. Tenho uma proposta em Dubai e outra na França”, disse Franco.

Outro projeto da artista é levar a obra Reflexões Oníricas, que ela desenvolveu durante uma residência em Paris, para a fachada do prédio da Fiesp, na Avenida Paulista, centro financeiro de São Paulo. “Essa peça usa câmera e espelhos que criam projeções no rosto dos espectadores. Quero fazer isso em grande escala”, projeta a artista.