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Edu Monteiro

Autoportraits sensoriels

Edu Monteiro   Autoportraits sensoriels

source: edumonteiro

Mitologias Contemporâneas

Tal qual o homem-bomba, que abre mão da sua identidade em nome de uma ideologia, Edu Monteiro esconde o rosto sob máscaras, obscurecendo sua condição humana à medida em que transforma-se em um ser híbrido. A diferença, entretanto, reside na poética que o artista alcança, brutal por um lado, repleta de humor por outro.

As texturas que o fotógrafo busca em elementos orgânicos -plantas, pimentões e carvões – aproximam sua pesquisa daquilo que Archimboldo fazia na pintura: retratos que confundem os sentidos ao deturpar a própria natureza. Já as imagens que ele obtém através da fusão do corpo humano com o corpo artificial – cigarros e bichinhos de pelúcia – remetem a um futuro sombrio ou decadente, habitado por criaturas mutantes.

De uma forma ou de outra, a carga política é intrínseca ao trabalho de Monteiro, quer seja nas mutações orgânicas que suscitam discussões ecológicas, quer naquelas em que o consumo se sobrepõe ao indivíduo, modificando suas feições, como que se houvesse adulterado sua carga genética.

Por outro lado, o preciosismo com que as produções são iluminadas só faz reforçar o discurso estético do artista, pois que a publicidade confunde-se com a arte dando verdadeiro nó na imagem fotográfica.

Os híbridos construídos nesta série de autorretratos são tão plurais quanto excludentes, evidenciando e ocultando as complexas facetas que forjam e tão bem caracterizam a espécie humana.

Esculturas vivas, os bustos fotografados conversam com o espectador sedimentando sua personalidade. Como Medusa ao olhar-se no espelho, somos petrificados quando nos reconhecemos nas imagens do fotógrafo.

Bernardo José de Souza
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source: paris-art

Autoportraits sensoriels
La série Autoportraits sensoriels est un dialogue entre l’image et le corps, où l’artiste porte objets de sensations à la recherche de lui-même, face à ses peurs et ses faiblesses. La photo est utilisée comme une expérience cathartique. Il s’agit d’une réinterprétation contemporaine des masques sensoriels de l’artiste brésilienne Lygia Clark (1920-1988). Dans cet essai, Edu Monteiro construit ses propres masques, pas seulement inspiré de la poétique utilisée par Lygia, mais aussi par de différents artistes à travers l’histoire de l’art.
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source: lensculture

Born on 1972 in Porto Alegre, Brazil.
Photographer and visual artist, he lives in Rio de Janeiro. Edu has Master in Conteporary Art, and has graduated in Photography, and he is currently pursuing Phd in Arts Studies. Monteiro has been working with photography since 1991, specializing in contemporary research, with emphasis on the intersections between photography and performance.