JOSE DAMASCENO
source: fortesvilaca
O vocabulário escultórico de Damasceno incorpora circunstâncias espaciais, elementos da ordem do projeto e escala, utilizando materiais como peças de xadrez, capachos, giz e massa de modelar. O artista explora a fricção de sentidos entre idéia, matéria e forma. O deslocamento e o estranhamento também são solicitados na construção do espaço, potencializado pela presença de objetos e acontecimentos improváveis. Em sua série de Organogramas, Damasceno mapeia fluxos não-lineares do tempo por meio da ramificação das palavras ontem, amanhã e hoje.
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source: carbonogaleria
Rio de Janeiro, 1968 | Trabalha no Rio de Janeiro, Brasil.
José Damasceno é escultor e desenvolve suas obras desde o início dos anos 1990. Além de ter sido contemplado com diversos prêmios ao longo de sua carreira, participou da 25ª Bienal de São Paulo, das 51ª e 52ª edições da Bienal de Veneza, da 15ª Bienal de Sydney e da 4ª Bienal do Mercosul. Seu trabalho figura nas coleções do Museum of Modern Art – MoMA e da Cisneros Fontanal Art Foundation (ambos nos EUA); Daros Foundation (Suíça); Museo de Arte Contemporaneo de Barcelona – MACBA (Espanha); Instituto Inhotim; Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro e de São Paulo; entre outras importantes coleções públicas e particulares.
Método para Arranque e Deslocamento é o título de sua primeira exposição individual em 1993, na galeria Sérgio Porto, Rio de Janeiro. O trabalho faz parte da coleção do Instituto Inhotim. Nessa instalação, o artista utiliza o carpete industrial como único material e, a partir disso, estabelece uma série de questões da maior importância na trajetória do artista. Na década seguinte, seu trabalho alcança grande notoriedade internacional. Em 2005, para a Bienal de Veneza, o artista desenvolve Durante o caminho vertical, peça apresentada pela primeira vez em Madri, em 2001. A instalação, composta de pilhas de papel impresso recortado no formato de uma pegada, descreve uma caminhada onde colunas dispostas através do espaço expositivo correspondem cada uma à passada esquerda, direita, e assim sucessivamente, configurando uma forma final pela circum-ambulação. Na Galleria d’Arte Moderna Villa delle Rose, em Bolonha, Itália, na mostra Alla ricerca dell’identità, em 2001, Damasceno mostra pela primeira vez Trilha sonora, obra constituída apenas por martelos e pregos. Dispostos sequencialmente, produzem algo entre um gráfico sonoro e a sugestão de uma paisagem. No ano seguinte, esse trabalho foi apresentado na Bienal de São Paulo.
Os trabalhos do artista seguem um desenvolvimento investigativo das relações entre espaço e pensamento, onde situações intrigantes convidam o espectador a observar e pensar a respeito daquilo que vê.