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JULIANA CERQUEIRA LEITE

Crouch

juliana cerqueira leite  Crouch

source: dazeddigital

In the few years since graduating from London’s Slade School of Art, Brazilian-American artist Juliana Cerqueira Leite has been building a reputation as one of the most exciting young sculptors working today – garnering attention from the likes of Charles Saatchi and New York’s Sculpture Center. 2012 has proved to be her busiest yet, with solo shows at Galleria Lorcan O’Neill in Rome and London’s T J Boulting supplementing her commissions for the 4thMarrakech Biennale and Art Basel Miami Beach.

Leite’s art focuses on the capabilities and limitations of her own body, employing repetitive movements and physical exertion to visceral effect. All of her works are self-portraits but not in the classic sense, with laborious pushing, crawling, scratching and climbing into her chosen material without the help of tools her preferred method of creation. As she does so she is unclothed, affecting the tactile qualities of the finished cast – impressions of feet, knees, elbows and fingers defining the surface condition, frozen imprints of her movements that merge into a strange whole. Dazed caught up with Leite to learn more about her distinctive process.
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source: sculpture

Juliana Cerqueira Leite (b. 1981) is a Brazilian/American artist based in Brooklyn. She studied sculpture in London, at Chelsea College of Art and then the Slade School of Fine Art, UCL, where she graduated from the MFA Sculpture program in 2006 as recipient of the Kenneth Armitage Sculpture Prize.

The spirit of Cerqueira Leite’s work aligns itself with post-minimalist concerns of the body in space. Her sculptures are visually striking and tactile – often leading to feminist readings, especially owing to their historical influences and performative exuberance. However, Cerqueira Leite maintains that her works do not have a specifically ‘feminist agenda,’ but rather the undeniably corporeal dimension to her work shows a struggle between narrative and context that addresses universal human conditions. Her sculptures reconcile the “practice” of art making with the bodies of its creator and spectators, portraying the contingency of means and end, input and output.

Monumental or delicately proportioned her works investigate how time and physical action are captured by matter to generate form. Her practice reveals a phenomenological approach to process by mapping the experience of embodiment, how it is portrayed through figurative representation and the history of sculpture. The objects, drawings, photography, performance and video work that make up Leite’s practice continually reveal their past engagement with the artists’ body. Emerging from an interest in how tactile, temporal and spatial experience is stored in memory and the mental body-map, her work is determined by specific action-schemes, repetitive choreography and the properties of materials. Upcoming exhibitions include the 2014 Vancouver Biennial and Lustwarande, Tilburg, the Netherlands.

Cerqueira Leite exhibits her work internationally since 2007 with recent group shows including the Saatchi Gallery, London; the 4th Marrakech Biennial; DUVE Gallery, Berlin; Art Public, Art Basel Miami Beach; and recent solo shows at Galleria Lorcan O’Neil, Rome; Casa Triângulo, São Paulo, Brazil; AIR Gallery, New York. Juliana has been a NYFA/NYSCA funded artist in residence at Sculpture Space, Utica, and artist in residence at Foundation Armando Alvarez Penteado in São Paulo, Brazil and The Banff Arts Center, Canada. She is recipient of the 2006 Kenneth Armitage Sculpture Prize and the 2010-11 A.I.R. Gallery Fellowship in New York. She is also an active curator with recent projects at the Dumbo Arts Center and St. Cecilia’s Convent, both in Brooklyn, and at Yinka Shonibare’s Guest Projects in London.

She currently lives and works in New York, USA.
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source: mercadoarte

uliana Cerqueira Leite tem despontado como uma das mais interessantes jovens escultoras da atualidade, participou da 4º Bienal de Marrakesh, fez residência artística em Utica/EUA produzindo um projeto apresentado na Art Public durante a Art Basel Miami Beach e está em importantes coleções, como a Saatchi Gallery/UK. A artista investiga continuamente em seu trabalho a relação entre o gesto corporal e a obra de arte, esta concebida como o registro ou a materialização da ação expressiva do corpo. Cada trabalho presente na exposição irá explorar esta questão de maneira diferente.

Juliana Cerqueira Leite nasceu em Belo Horizonte em 1981. Estudou entre 1999-2000 em Fundação Armando Álvarez Penteado, São Paulo. BA Fine Art 1st term. Entre 2001 e 2004 em Chelsea College of Art and Design, BA Sculpture. Entre 2004-2006 estudou em Slade School of Fine Art, University College London. MFA Sculpture.Entre 2006-2007 estudou em Camberwell College of Art, MA Drawing.

Cada uma das obras na mostra de São Paulo examina essas questões de maneiras diferentes, com um foco insistente, repetitivo no gesto corporal e na relação entre esse gesto e seus traços materiais – as imagens, formas, objetos, ambientes que permanecem depois que o gesto foi realizado. Em Colunas, por exemplo, encontramos duas colunas de gesso brancas e grumosas, da altura média de uma mulher [aproximadamente 1,67 metros], perfuradas por grandes furos assimétricos. A superfície interna dessas aberturas têm a textura da pele; elas não atravessam a coluna diretamente, mas se dobram no meio do caminho, obscurecendo nossa visão. Os vazios são moldes de partes do corpo de Cerqueira Leite que se dobram – cotovelos, pulsos, joelhos. Mas a relação entre essas dobras e a forma escultórica rígida é caracterizada pela tensão e não pela facilidade: ao capturar as dobras das juntas, a artista ilustra a capacidade do corpo de se mover ao mesmo tempo em que, paradoxalmente, o faz por meio docongelamento desse movimento no negativo da parte do corpo moldada. Mais do que “ler” essas formas como “representações” do movimento corporal através do espaço e do tempo, experimentamos essas formas como extensões corporais que expressam um processo do corpo ter se movido no passado, um processo rearticulado como forma artística [tornada estática] no presente.
Nos trabalhos gráficos Horizontal, Vertical e Diagonal, Cerqueira Leite produz grandes marcas de seu corpo, o que deixa traços literais no suporte da tela [orientadas horizontalmente, verticalmente ou diagonalmente, de acordo com seus movimentos no espaço]. As pinturas são tanto sedutores campos de cor, energéticos em sua implicação do arco intencional do corpo no passado, quando pressionou, rolou, deslizou, esbofeteou ou simplesmente marcou o plano bidimensional da imagem, quanto desenhos gráficos do movimento corporal [como diagramas de dança, porém aqueles feitos após esta ação, registrando seus traços]. Claramente reminiscentes das notórias Antropometrias de Yves Klein, do início doas anos 60, nas quais Klein, vestindo um smoking, realizava publicamente o ato de dirigir ou arrastar mulheres nuas cobertas da tinta “azul Yves Klein” sobre telas montadas na parede ou colocadas sobre o chão, as pinturas de Cerqueira Leite propõem um tipo de relação totalmente diferente entre o corpo feminino e sua impressão indicial. Neste caso, a impressão de um corpo claramente feminino é, mais uma vez, produzida pelo arco intencional – em particular, aquele de uma modelo que é também uma artista [mulher, brasileira], altamente consciente das conexões entre suas ações incorporadas no “agora” e seus traços artísticos a serem apresentados “depois”.
Juliana Cerqueira Leite
Juliana Cerqueira Leite
Nas séries Dobra e Gesto, Cerqueira Leite rearticula essas relações entre ação incorporada [criativa ou simplesmente motivada e direcional] e representação, colocando, mais uma vez, de maneiras diferentes a questão sobre quando o movimento corporal “termina” e a arte “começa”. Em Dobra, a artista posa, fotografa a si mesma utilizando o antigo filme de slides e então, por meio de uma série de projeções e dobras, bem como re-fotografando o material, produz um campo azul de partes do corpo fragmentado e assombrado pela tensão entre a significação de suas ações gestuais originais e as ações representacionais múltiplas que distorceram e reconfiguraram este movimento em um campo de imagem fantasmagórico. Os trabalhos da série Gesto abordam ainda mais diretamente os movimentos corporais socialmente significativos [“gestos” que adquirem um significado em termos de códigos individuais e sociais] e as complexidades avessas da incorporação como a apreendemos através de seus movimentos e representações. Neste caso, a representação é mais uma vez uma marca ou um índice de um corpo gestual: formas escultóricas vazias realizadas em gesso são montadas sobre estruturas de arame como ânforas gregas em um museu; essas formas semelhantes a vasos foram moldadas sobre seus braços e mãos no momento em que gesticulavam para indicar conceitos sociais [como “venha aqui”] ou quando realizavam uma ação [lavar as mãos].
As explorações de Cerqueira Leite em torno do poder do gesto corporal para produzir traços comunicativos no mundo [como “arte”] podem ser pensadas como algo que ativamente executa a noção fenomenológica do “estilo de corporalidade” através do qual o corpo é performado no mundo e adquire significado. A conexão entre este arco intencional e o trabalho de arte é o traço corporal, que no caso de Cerqueira Leite é também o trabalho de arte. Ainda assim, longe de reivindicar algum tipo de verdade essencial em relação ao corpo ou, tampouco, em relação ao trabalho de arte, a genialidade dos jogos insistentes de Cerqueira Leite em relação a essa conexão é o modo como os objetos e imagens resultantes, tão fenomenologicamente ricos em sua encenação do gesto corporal no trabalho de arte ou como trabalho de arte, instanciam o que Merleau Ponty chamou de “dobra”, na qual a “carne do mundo” se manifesta.3 Talvez a mais importante mensagem da artista seja, portanto, o fato de que o corpo faz com que o mundo exista em e para nós, e que a arte é um de seus modos de extensão mais potencialmente ricos.
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source: ceramicvision

“Juliana Cerqueira-Leite, artista di origine brasiliana-americana ma con studi inglesi, comincia ogni scultura o dipinto gettandosi sulla materia: scavando enormi blocchi di argilla, versando ripetutamente il gesso sul suo corpo o imprimendolo, ricoperto di pittura, sui pannelli di tela. Tale processo, così fisico, lascia tracce del movimento, delle dimensioni, delle limitazioni e delle estremità del corpo e, da tutto ciò, Juliana realizza i disegni e le sculture in metallo, lattice, legno o gesso.”

Spesso l’argilla è solo lo strumento attraverso cui l’artista da’ corpo allo spazio, usando la materia come stampo per gesso o resine. Mi piace questa forma di lavorare così fisica, questo contatto così intimo con l’argilla. La materia viene sfruttata per le sue doti, come materiale plastico e come memento.