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MARCELO JÁCOME

Planos-pipas n17

Marcelo Jácome

source: highlike

Work: Marcelo Jácome’s Planos-Pipas (‘kite-planes’ in the artist’s native Portugese) treats paper as a sculptural material while retaining the dynamic and intuitive quality of a drawing. Swooping across the gallery space like a flock of disturbed parrots, the components of the piece – brightly coloured sheets of tissue paper stretched over bamboo frames, held together with cotton threads – suggest disparate components moving in semi-chaotic unity. Their faceted forms, apparently bumping against each other in perpetual motion, hint at solidity depending where you’re standing: corners meet and mimic architectural forms, or become half-roofs, almost-shelters. That glancing relationship with solid form is part of Jácome’s playful approach to three-dimensionality – his work occupies the space of drawing, sculpture and architecture without ever quite belonging in any one category. The piece seems to literally evade description, much as a kite itself does, whose true nature is only revealed at a distance, on the end of a thread. Jácome’s piece dances on the edge of things, slipping out of our grasp in a dazzling flash of colour and line. (Text by Ben Street)

Image: Installation shot, Marcelo Jácome ‘Planos-pipas n17’ Paper 2013 © Sam Drake, 2013 Image courtesy of the Saatchi Gallery, London.
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Formado em arquitetura e urbanismo, o artista Marcelo Jácome tem uma relação com o espaço bastante apurada. A partir das relações entre reta e curva, bidimensional e tridimensional, lugar e vazio, dentro e fora, tensão e flexão , dissolução da forma e autonomia da cor, o artista trabalha buscando questionar e dilatara percepção do espaço através de objetos, instalações e colagens.

Marcelo começa sua pesquisa decompondo a paisagem: “Comecei a considerar a cor não como atributo mas como elemento”. No início, Marcelo se utilizava da pintura como meio. Sua pesquisa partia da observação da paisagem levando em conta a potência cromática do que considera marcas “urbano-humanas”: os cartazes lambe-lambe, o néon, o outdoor, os muros com grafite e pichações.

Foi partindo desse universo, que a produção do artista começa a tomar corpo. Em determinado momento, Jácome começa a lidar com outros tipos de material e suporte, o que lhe possibilita começar a intervir efetivamente no espaço através de suas famosas instalações com pipas – trabalho que passa a ganhar destaque aos olhos do público.

O interessante é que Marcelo se utiliza das pipas, não como elemento poético, mas como solução plástica para o que propõe: levantar questões que têm origem no desejo de apropriar-se do espaço vazio em permanente tensão. Essa série de instalações, intituladas de “planos-pipas”, problematizam também a questão do tempo, já que o trabalho vai se transformando com o passar dos dias… sendo assim, quando montadas, as instalações elevam vazios à lugares e através do conceito de work in progress possibilitam que o espectador tenha um contato mais efetivo com a experiência que se apresenta: ” nessa obra, acho que o tempo se efetiva em duas instâncias… Primeiro relativo ao tempo de fruição, ou seja, existe um tempo para que a obra seja integralmente percebida, observada e consequentemente aproveitada – o trabalho sugere um percurso a ser seguido. E a outra instância se refere à questão da sua transformação. O papel vai reagindo com a incisão de luz, as cores vão mudando, a estrutura ficando mais aparente. Procuro discutir nesse momento a questão da impermanência.”

Em Junho desse ano, após sua individual no Largo das Artes, Marcelo Jácome foi convidado pelo curador António Pinto Ribeiro, a desenvolver o tradicional “passadiço” do programa Próximo Futuro da Fundação Calouste Gulbenkian em Lisboa, e não pára por aí… Durante a Feira de arte contemporânea ArteRio, o artista foi chamado a desenvolver uma parceria junto à galeria Nosco de Londres.
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source: saatchigallery

Marcelo Jácome’s Planos-Pipas (‘kite-planes’ in the artist’s native Portugese) treats paper as a sculptural material while retaining the dynamic and intuitive quality of a drawing. Swooping across the gallery space like a flock of disturbed parrots, the components of the piece – brightly coloured sheets of tissue paper stretched over bamboo frames, held together with cotton threads – suggest disparate components moving in semi-chaotic unity. Their faceted forms, apparently bumping against each other in perpetual motion, hint at solidity depending where you’re standing: corners meet and mimic architectural forms, or become half-roofs, almost-shelters. That glancing relationship with solid form is part of Jácome’s playful approach to three-dimensionality – his work occupies the space of drawing, sculpture and architecture without ever quite belonging in any one category. The piece seems to literally evade description, much as a kite itself does, whose true nature is only revealed at a distance, on the end of a thread. Jácome’s piece dances on the edge of things, slipping out of our grasp in a dazzling flash of colour and line.