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Mariko Mori

ONENESS

Mariko Mori Oneness

source:objetosimcombr
Artista japonesa contemporânea de maior visibilidade no ocidente expõe pela primeira vez no Brasil
Exposição apresenta obras de grandes dimensões como Wave UFO, que pesa mais de seis toneladas.

Um passeio pela trajetória da artista, desde seus primeiros trabalhos até os mais atuais, como Transcircle.

A arte pode dividir com a tecnologia eletrônica, a espiritualidade e a fotografia de moda a capacidade de dar forma aos sonhos, fantasias e desejos da humanidade. Este é o pensamento que norteia o trabalho de Mariko Mori, artista japonesa que vive entre Tóquio e Nova York e que é hoje um dos maiores nomes da arte em esfera mundial. Com trabalhos em espaços cultuados como Guggenheim (NY), MoMA (NY), Centro Georges Pompidou (Paris) e outros, Mariko Mori expõe pela primeira vez no Brasil. Promovida pelo Banco do Brasil, a mostra MARIKO MORI / ONENESS será aberta no dia 25 de janeiro de 2011, no Centro Cultural Banco do Brasil Brasília, onde poderá ser vista até 3 de abril. A própria artista virá ao Brasil para o vernissage.

Mariko Mori utiliza o design e a arte de vanguarda para compor elementos de engenharia de ponta, interativos e de forte impacto físico e visual. A exposição apresenta dez trabalhos de alta complexidade tecnológica, que ocuparão todos os espaços expositivos do CCBB Brasília. São obras de grande escala, como Wave, um interessantíssimo objeto híbrido, máquina e escultura ao mesmo tempo, com uma espécie de cápsula capaz de acolher três visitantes por vez e que funde, em tempo real, computação gráfica, animação, ondas cerebrais, som e uma engenharia arquitetônica para criar uma experiência interativa dinâmica. A obra se renova incessantemente; nunca é a mesma.

Há ainda o trabalho que dá nome à exposição, Oneness, que apresenta um círculo de seis figuras confeccionadas em technogel (material novo, que fica entre o sólido e o líquido), medindo 1,35 m, que interagem ao toque do visitante. Oneness é uma alegoria da conectividade, uma representação do desaparecimento dos limites entre si mesmo e os outros. Um símbolo da aceitação do outro e um modelo do conceito budista de unidade, de que o mundo existe como um só. E Transcircle, um anel de nove pedras de vidro coloridas e brilhantes, controlado interativamente, numa fantástica reinterpretação dos círculos de monólitos pré-históricos. A mostra apresenta também vídeos, fotografias e desenhos. Um grande passeio pela obra e pelo pensamento de uma das pessoas mais influentes da arte contemporânea.

A vinda da exposição ONENESS ao Brasil é uma iniciativa do Grupo AG, sob coordenação e curadoria de Nicola Goretti. De Brasília, a exposição segue para o CCBB do Rio de Janeiro (9 de maio a 17 de julho) e de São Paulo (22 de agosto a 23 de novembro de 2011).

POESIA E ESTÉTICA
Mariko Mori inspira-se no conceito budista de que todas as coisas do universo estão conectadas. Seu trabalho contempla mundos fantásticos e seres espetaculares em fotografias e vídeos que parecem surpreendentemente reais. “Meu trabalho é uma espécie de oferta”, disse a artista. A arte de Mori recontextualiza figuras do passado, mesclando temas aparentemente opostos como religião e ciência, natureza e cultura, passado e futuro. Poesia e estética revolucionando aspectos do pensamento cultural, moderno e globalizado.

Segundo já declarou, Mori acredita que um artista tem um ponto de vista diferente da visão convencional: “Um artista vê o mundo, olha para o momento presente, com um ponto de vista único. Minha missão é dividir o que vejo no meu campo de visão”, disse. E afirmou: “Preciso criar um novo espaço para poder respirar no mundo. Isso vai abrir as portas para um novo futuro”.

Os trabalhos de Mariko Mori fundem arte e tecnologia, Budismo, Xintoísmo e a ideia de uma consciência espiritual universal. Desenhando antigos rituais e símbolos, Mori usa tecnologia de ponta e materiais de última geração para criar uma visão bela e surpreendente do século XXI.

A ARTISTA
Mariko Mori é uma artista de renome internacional cuja obra tem sido adquirida por
museus e colecionadores privados de todo o mundo. Educada em Tóquio, Londres e Nova York, Mori ganhou reconhecimento por sua instalação interativa, WAVE UFO, que foi apresentada pela primeira vez no Kunsthaus Bregenz, na Áustria, em 2003. A instalação foi exibida, posteriormente em Nova York, Gênova e incluída na Bienal de Veneza, em 2005. Também foi incluída em Oneness, exposição de Mori que estreou no Museu Groniger, da Holanda, e logo seguiu para Dinamarca e Ucrânia. Agora, será apresentada no Centro Cultural Banco do Brasil, em Brasília, Rio de Janeiro e São Paulo em 2011.

As mais recentes esculturas de grande escala da artista, Tom na Hiu (2006) e Opal Planta (2009), também contêm elementos que interagem com o ambiente. O próximo projeto da artista, Primal Rhythm, é uma instalação monumental permanente concebida e planejada com forte vínculo com a paisagem da baía de Seven Light, da ilha de Miyako, em Okinawa. O interesse atual de Mori se concentra num mundo em que os seres humanos e a natureza são uma coisa só. Onde o ritmo da humanidade se move em conjunto com o do meio-ambiente. Seus projetos atuais têm por objetivo provocar esta memória em nossa consciência e celebrar o equilíbrio existente na natureza. Esta idéia se reflete nos temas da vida, morte, renascimento e universo.

As monumentais instalações de Mariko Mori têm sido expostas em todo o mundo, incluindo Museu de Arte Contemporânea de Tóquio; Centro Georges Pompidou, em Paris; Prada Fundação, Milão; Museu de Arte do Brooklyn, Nova York; Museu de Arte Contemporânea de Chicago; Serpentine Gallery, Londres; Museu de Dallas; Los Angeles Museu de Arte. Suas obras estão em coleções do Museu Guggenheim, Nova York; Centro Georges Pompidou, Paris; Prada Fundação, Milão; Museu de Arte Contemporânea de Chicago, Museu de Israel, Jerusalém, Los Angeles Museu de Arte do Condado; Centro de Arte Pinchuk, Kiev; Aros de Aarhus Kunstmuseum, Dinamarca; Museu de Arte Moderna de Nova York.

Mori recebeu vários prêmios, entre eles a prestigiada Menção Honrosa da 47ª Bienal de Veneza, em 1997, e o 8º Prêmio Anual como artista e pesquisadora no campo da arte contemporânea japonesa, em 2001, da Fundação de Artes Culturais do Japão. Atualmente, Mori está radicada em Nova York.
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source:aaaorghk
This catalogue is produced on the occasion of the exhibition ‘Mariko Mori Oneness’, presented by Bank of Brasil Cultural Center (Centro Cultural Banco do Brasil) at its 3 centres in Brasilia (25 January – 3 April 2011), Rio de Janeiro (10 May – 10 July 2011) and Sao Paulo (23 August – 16 october 2011).

‘Oneness features two bodies of work, both related to the Wave UFO project. Oneness is a sculpture of six “alien” figures, linking hands in a circle. The aliens connote otherness, but are irresistibly attractive, encouraging the viewer to kneel down and hug them. When the viewer participates in the work by hugging the figures and welcoming them, the aliens’ eyes light up and their hearts start beating. When all six are hugged at once the base lights up as well. The figures are made with Technogel, a high tech flexible material molded onto a metal armature.

‘Connected World, the other major new work in the exhibition, is a series of six circular photopaintings in opalescent cast acrylic frames. The work was developedfrom a series of paintings that served as the storyboard for the immersive video that is projected in the interior dome of the Wave UFO. The paintings were reworked with computer graphics and then transformed into photographs. The works represent the artist’s vision of a connected world, depicting a sequence of deeper dimensions of consciousness and connectedness. Mori’s concept of connectedness applies not only to humans, but to every living being. Connected World is an example of her unique fusion of artistic media into a single object. The work combines painting, computer graphics, photography and sculpture.’
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source:petrahfr
De Japanse kunstenares Mariko Mori werd midden jaren negentig internationaal bekend met haar opvallende multimediawerk van geënsceneerde foto’s, video’s en installaties. In al haar werk staat de tegenstelling tussen fantasie en werkelijkheid centraal. Ook combineert zij motieven uit de Japanse en westerse kunstgeschiedenis met hedendaagse invloeden uit de mode, designwereld, muziek, manga en science fiction. Mariko Mori schept artificiële landschappen, waarin ze zelf vaak in verschillende gedaanten optreedt.
Zij maakt ook op bijzonder aansprekende wijze gebruik van de moderne wetenschap en techniek. Een spectaculair voorbeeld daarvan is de grote, traanvormige Wave Ufo, een van de hoogtepunten van de Biënnale van Venetië 2005, die vanaf april 2007 ook in het Groninger Museum te zien zal zijn. Het is een futuristisch walvisvormig object van twaalf meter lang en vijf meter hoog. De uitvoering van het project nam drie jaar in beslag. Er werd een speciale holografische verf ontwikkeld, en zittingen van technogel, een materiaal dat reageert op de druk van het menselijk lichaam. Per keer kunnen drie bezoekers in de ufo plaatsnemen en meegenomen worden op een reis van zeven minuten naar een esoterische kosmos. In het gewelf van het binnenste van de ufo worden beelden geprojecteerd door een programma dat de hersengolven van de reizigers leest en tegelijkertijd weergeeft. In die zeven minuten krijgen de bezoekers beelden te zien die voortkomen uit Mori’s geloof dat alles en iedereen in deze wereld uiteindelijk met elkaar verbonden is. Dit visioen, Connected World, is sterk geïnspireerd op het idee van het Nirvana; de hoogst bereikbare staat van absolute innerlijke rust.

De tentoonstelling gaf context aan de Wave Ufo en vertelde over Mori’s zoektocht naar kosmische ervaringen. Megalithische monumenten in zowel Japan als Schotland vormden de basis voor een geheel nieuwe stap in haar oeuvre, dat onder andere bestaat uit foto’s en een serie steeds van kleur veranderende ultra hightech installaties die in verbinding staan met het heelal. De kunstwerken wijzen de bezoekers op onze verbondenheid met het heden, verleden en de toekomst. Mori’s oeuvre van de afgelopen tien jaar is een reflectie van de tijdgeest, welgemeend, maar niet zonder humor en zelfrelativering.