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Doug Wheeler

Luz, volume, escala, desorientação, infinitude, ilusão e realidade: estes os vetores da arte da luz como praticada por Doug Wheeler no contexto de um movimento ao mesmo tempo minimalista nos materiais físicos da obra e maximalista quanto à amplitude de sensações provocadas. “Luz e espaço” é o título de uma tendência reunindo artistas em torno interessados na luz surgida na Califórnia nos anos 1960. Piloto de aviões, Doug Wheeler anotou as sensações estimulantes e desnorteantes do vôo; de modo análogo, suas obras “desestabilizam nosso sentido de equilíbrio e nos levam a mover-nos em compasso com a Terra na direção de um horizonte inalcançável”. Outro modo de dizer a mesma coisa é destacar que Doug Wheeler busca a experiência do sublime.

Kian-Peng Ong

Ong Kian-Peng
Coronado
FILE FESTIVAL

“Coronado” foi inspirada em uma visita à praia de Coronado, na Califórnia, a qual foi um momento inspirador jamais sentido em outras praias. A paisagem sonora presente em Coronado parecia vir de todas as direções, com múltiplas camadas de ondas sonoras. Decidi então que iria fazer um trabalho sonoro que traduzisse esta experiência. Esta instalação sonora é caracterizada pela interação entre as fontes sonoras analógicas e digitais que se sobrepõem, explorando a ideia de uma paisagem marítima. O cerne da instalação é um tambor oceânico controlado por braços mecânicos, que cria e simula o som das ondas do mar. Isso é captado pelo microfone, reprocessado através do computador e enviado para as caixas acústicas de 6 canais em tempos diferentes. A interação e a sensação de infinitude na sobreposição do analógico e do digital são minha interpretação e resposta ao maravilhamento que senti em Coronado.